Medicina Hiperbárica e Subaquática agora na FMUL
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varias pessoas sentadas numa mesa

O Mestrado em Medicina Hiperbárica e Subaquática em associação com a Escola Naval abriu hoje, mais uma edição,  numa sessão inaugural na Aula Magna, que contou com os representantes  da  Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa e a Escola Naval Portuguesa.

Depois de uma intenção firmada em 2005, que manifestava a vontade da criação deste Mestrado, só em 2011 seria lançada a primeira Pós-Gradução sobre esta área. Em 2015, e depois de devidamente acreditado, o Mestrado começava a ganhar forma, até chegar à atualidade.

Mas em que medida a Medicina e a Marinha se completam aos dias de hoje?

Explicadas as características gerais, pelo coordenador deste Mestrado, o Prof. Mamede de Carvalho, "é através do conhecimento mais aprofundado da Bioquímica, da Fisiologia, mas agora também da estatística, que melhor se poderá compreender a Medicina Hiperbárica”. É a junção dos vários ramos que permite o progresso do conhecimento relacionado com a biooceanografia.

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Na qualidade de Comandante da Escola Naval, o Contra-Almirante Mário Simões Marques reforçou a importância dos antigos laços entre instituições, principalmente para os alunos que, após o 12º ano, ingressam na Marinha, alguns deles para fazer a sua formação em Medicina. Tem sido precisamente “a Medicina Militar que tem contribuído para o desenvolvimento do mergulho”, conferindo-lhe mais autonomia, e permitindo que os tratamentos, em caso de danos pela cada vez maior profundidade, sejam igualmente mais eficazes. Referindo o desenvolvimento da oxigenoterapia, tratamento que interage com os conceitos relativos aos mecanismos de ação do oxigénio a nível molecular e celular, positivos ou deletérios, o Contra-Almirante destacou “a importância dos dispositivos respiratórios em circuito fechado, para os tratamentos do mergulho militar”. Estes dispositivos, outrora integrados num Centro Hospitalar da Marinha, encontram-se atualmente no campus militar do Lumiar.

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Com o propósito de aprimorar os conhecimentos médicos e técnicos para o diagnóstico, mas fazendo também melhor prevenção e assegurando o tratamento dos vários tipos de lesões das práticas subaquáticas, são várias e urgentes as vertentes deste novo ramo da Medicina.

Num breve relato histórico, o Contra-Almirante recordou ainda os primeiros relatos de mergulho que remontam a 1580, quando os portugueses resolveram atacar subaquaticamente os espanhóis. Com a evolução das técnicas, o mergulho passava a aperfeiçoar-se em profundidade, atribuindo características especiais ao desempenho militar.

Viria a ser a Guerra de África que consolidava mais atribuições ao mergulho, tornando-se necessário e evidente o tratamento dos danos causados pela profundidade que ia aumentando. Razões suficientes que levariam à criação da primeira câmara hiperbárica em 1953.

Atual e, como no mergulho, profundamente relevante, a Medicina abraça assim a longa relação com a Escola Naval, reforçando os laços, mas acrescentando novas soluções à sociedade.

Na cerimónia de abertura estiveram ainda presentes, pela parte da Faculdade de Medicina os Professores João Eurico e Joaquim Ferreira, na qualidade de Vice-Presidente do Conselho Científico e Diretor do Instituto de Formação Avançada, respetivamente. Da Escola Naval participaram ainda o Comodoro Médico Naval, Luís Bronze e o Capitão de mar-e-guerra Médico Naval Quaresma Guerreiro.

 

Saiba mais deste Mestrado em: https://www.medicina.ulisboa.pt/mestrado-em-medicina-hiperbarica-e-subaquatica