Investigação que pretende testar realidade virtual aplicável a doentes de Parkinson distinguida com o Prémio João Lobo Antunes
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A edição de 2021 do Prémio João Lobo Antunes distingue, com uma bolsa no valor de 40.000 euros, a investigadora Daniela Pimenta da Silva, que “propõe testar um 'software' de realidade virtual imersiva usando óculos semelhantes aos comercializados por empresas de jogos "como ferramenta para a reabilitação" de pessoas com Parkinson, uma doença neurodegenerativa caracterizada por tremores, rigidez muscular, movimentos lentos e instabilidade de postura ou marcha.”

Daniela Pimenta da Silva é estudante de Doutoramento na FMUL e interna do Hospital de Santa Maria, em neurologia.

O projeto vencedor “envolve o Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica da FMUL e conta com a colaboração do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria e do Campus Neurológico”.

Pretende-se com o ensaio clínico, estudar cerca de 30 pacientes com doença de Parkinson “ligeira ou moderada”. Daniela Pimenta da Silva referiu à Lusa que em doentes com esta patologia, os sistemas de realidade virtual "têm demonstrado que podem melhorar a capacidade funcional em comparação com intervenções de fisioterapia convencionais, podendo ser uma ferramenta útil para melhorar a marcha, o equilíbrio, a qualidade de vida e, eventualmente, as capacidades cognitivas".

Estes doentes terão 12 semanas de fisioterapia, 3 sessões de 1 hora, ou 1h30, por semana, sendo que, o “grupo de controlo, vai fazer apenas metade das sessões com realidade virtual imersiva.”

O valor da bolsa permitirá a compra de óculos de realidade virtual e o pagamento das sessões de fisioterapia.

A entrega do Prémio João Lobo Antunes 2021, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, está agendada para hoje.

 

Fonte: Sapo 24