“Human Space Exploration” em discussão na FMUL
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Homem e mulher a discursar

O Programa de Estudos Espaciais (SSP na sigla inglesa) é um curso promovido pela International Space University (ISU) e este ano, pela primeira vez, realizou-se em Portugal. A Organização foi atribuída à Agência Espacial Portuguesa, Portugal Space e ao Instituto Superior Técnico. O evento vai realizar-se entre os dias 27 de junho e 26 de agosto, em várias faculdades de Lisboa e o módulo “Human Space Exploration” aconteceu hoje no Edifício Reynaldo dos Santos, na Faculdade de Medicina de Lisboa da Universidade de Lisboa (FMUL). O Professor Edson Oliveira e a Professora Thais Russomano foram os oradores e o tema abordado foram as alterações da exposição do corpo humano às condições existentes no espaço, bem como as suas consequências a curto e longo prazo.

Numa altura em que o espaço deixou de ser um reduto apenas para astronautas experientes, saudáveis e em boas condições físicas – com a abertura das viagens turísticas - é importante estabelecer protocolos para se perceber quem deve e não deve avançar nesta odisseia.

A plateia, vasta e diversificada, contava com alunos deste curso, de origens e áreas de estudo diferentes. Havia engenheiros, arquitetos e advogados. Nenhum médico, mas a todos unia a paixão espacial.

O facto da FMUL ter inaugurado ainda há pouco tempo o Centro de Estudos de Medicina Avançada (CEMA), não terá sido alheio à escolha da faculdade para apresentação de um dos módulos deste SSP22. Sobre isso o Professor Fausto Pinto, a quem coube o discurso de boas vindas, explicou que a abertura deste centro foi uma ideia do Professor Edson Oliveira e da Professora Thais Russomano como forte aposta no desenvolvimento desta área do conhecimento e que faz todo o sentido, uma vez que existe uma disciplina relacionada com a temática aeroespacial, no Curso de Medicina, aqui lecionado.

O Professor João Eurico, recentemente empossado enquanto Diretor da FMUL, recordou que a sua geração ficou marcada pela ida do homem à lua e que durante muitos anos quis ser astronauta, “depois segui medicina e pensei que ia ser médico na NASA”, confessou.

O networking é uma importante ferramenta de trabalho nos dias de hoje e com a criação do CEMA estabeleceu-se uma importante parceria com várias instituições ligadas à temática espacial, da qual a FMUL quer fazer parte.

“Não esquecer que muito em breve teremos o primeiro português no espaço”, recordou Chris Lehnhardt representante da Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica (NASA). Já a Professora Virginia Wotring da ISU mostrou-se surpreendida com as condições encontradas em Portugal e destaca porque é que a candidatura portuguesa foi selecionada para o SSP22.

Este tema será desenvolvido na próxima newsletter da FMUL.

Foto de grupo de estudantes