Hoje é Dia Nacional do Farmacêutico
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Há dois dias especiais no calendário do farmacêutico português. O primeiro celebra-se a 25 de setembro - é o Dia Mundial do Farmacêutico, instituído pela FIP, Federação Internacional Farmacêutica; o segundo, no dia seguinte, 26 de setembro, dia dos seus padroeiros São Cosme e São Damião - é o Dia Nacional do Farmacêutico. Em sessão solene, desta vez em Coimbra, a Ordem assinala as duas datas refletindo sobre o papel do farmacêutico e enaltecendo os profissionais e os estudantes que mais se destacaram.


A festa farmacêutica decorrerá ainda no ambiente de contingência que a pandemia reclama, mas não se deixará de falar sobre o que foi conseguido, como a carreira farmacêutica no SNS e a Residência Farmacêutica para iniciação à profissão nas unidades que fornecem cuidados de saúde; ou sobre o que ainda nos resta conquistar, como é o caso da valorização do ato farmacêutico ou da necessidade de integrar as equipas clínicas, quer em ambiente de internamento, quer em visita domiciliária.


O farmacêutico assume cada vez mais responsabilidades na administração e gestão da tecnologia de saúde que é o medicamento. O reforço do seu papel de garante da segurança e da qualidade nota-se, particularmente, junto da pessoa em contexto de doença, do cuidador e da população em geral, quer o exercício da profissão se realize numa farmácia, numa unidade de saúde, num laboratório de análises clínicas e genética, numa universidade ou num centro de investigação. 

As responsabilidades do farmacêutico envolvem intervenções em áreas tão diversas como sejam a investigação e desenvolvimento, a regulação, a inspeção, a consultoria; de apoio ao desenvolvimento de novas políticas de saúde, de educação, de informação na promoção da literacia e do uso criterioso dos recursos disponíveis, entre outras. 


O farmacêutico assume responsabilidades na ciência regulamentar, na avaliação da qualidade, da eficácia e da segurança dos medicamentos e outras tecnologias de saúde, antes da sua introdução no mercado e na monitorização da sua efetividade e segurança após a comercialização. É, ainda, responsável, pela execução, validação analítica e biopatológica e interpretação das análises clínicas e de genética humana nos momentos associados à prevenção, diagnóstico, prognóstico e monitorização da patologia humana.


Hoje, a formação académica de largo espectro do farmacêutico tem contribuído para que as suas saídas profissionais sejam em maior número, nomeadamente no que toca a ensaios clínicos, à investigação e à formulação de medicamentos inovadores, mas também em novos nichos de cuidados, como são as estruturas residenciais para idosos, as creches, a área dos comportamentos aditivos e dependências ou até a área forense, para dar alguns exemplos.


Os farmacêuticos conquistaram uma imagem de parceiros com atitude colaborativa, procurando sempre serem mais a solução do que o problema. É nessa senda que deveremos prosseguir reclamando o respeito que nos é devido pelo trabalho realizado e a disponibilidade que nunca poupamos nem pouparemos em nome dos cidadãos a quem servimos e de um país que se deseja moderno, seguro e solidário.

mulher a sorrir

Ana Paula Martins
Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos