O Prof. Doutor João Eurico deu recentemente uma entrevista à News Farma, onde reafirmou os valores que defende e os objetivos que pretende atingir enquanto diretor da FMUL.

Na entrevista reforçou aquele que é um dos pilares da sua direção, que é o de fomentar e articular a comunicação e a interação entre os agentes pertencentes ao Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) da qual fazem parte o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) a Faculdade de Medicina (FMUL) e o Hospital de Santa Maria (CHULN ), de modo a projetarem uma imagem mais coesa e a deterem um impacto mais forte no ensino, na investigação e na sociedade. Mas para que tudo isto seja possível é necessário haver um reforço financeiro, revelando-se uma tarefa “muito difícil” se isso não acontecer.

Quanto ao ensino médico, garantiu que Portugal, “prepara bem os estudantes,” mas defende que deveria haver “um universo de educação em saúde mais interligado,” uma vez que as partes envolvidas são muito heterogéneas. 

Referiu algumas reformas concretizadas no ensino clínico e destacou o desenvolvimento internacional no que diz respeito à Investigação Biomédica e de Translação bem como o atual cenário da investigação Clínica em Portugal, que está muito dependente das “limitações organizacionais” e da “falta de disponibilidade das estruturas onde os médicos estão a trabalhar para que essa investigação ocorra.”

Quanto ao enquadramento internacional da FMUL, o diretor afirmou que esta rege-se essencialmente com ligação às faculdades de medicina lusófonas e que constitui “um desafio interessante para os médicos portugueses estabelecerem estas interações”, sendo também “estimulante para os estudantes o conhecimento de realidades muito diferentes”. Outro motivo de orgulho é o da FMUL, no contexto do Centro Académico de Medicina de Lisboa, “fazer parte da rede europeia de centros académicos clínicos.”