Com a missão de inspirar: Oradores marcaram a manhã de terça-feira na FMUL
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No segundo dia da Receção ao Aluno na FMUL, o grande auditório João Lobo Antunes, foi o palco para três oradores falarem da sua experiência na área da saúde e deixarem alguns conselhos aos novos alunos.

 

Orador

 

Ricardo Encarnação, Pedopsiquiatra e diretor médico da farmacêutica Roche foi o primeiro orador convidado da manhã de terça-feira. Com a missão de “inspirar” a plateia de alunos, falou sobre o seu percurso de vida, nem sempre fácil, nem sempre evidente. A escolha em ser médico aconteceu cedo, mas depois de entrar na faculdade, chumbar dois anos seguidos, foi um duro golpe que abalou algumas estruturas e certezas. O que quis trazer esta manhã a todos os que o ouviam é que é preciso foco e fazer escolhas na hora certa. A decisão é individual e a culpa dessa decisão deve ser também assumida. A verdade é que embora a escalada não tenha sido sempre na vertical, Ricardo Encarnação licenciou-se em Medicina e, porque esteve sempre disponível para abraçar novas oportunidades e formações, acabou por desenvolver interesses que lhe permitiram fazer várias coisas como a de ser investigador e gestor, para além de médico.

 

Oradora

Daniela Dias é licenciada em nutrição e explicou que, embora a área sempre a tenha atraído, as consultas ou a área hospitalar não eram o seu propósito. Viu na indústria uma oportunidade a desbravar, para ter uma carreira. Enviou o CV para a Nestlé e entrou. Mais tarde, foi convidada para assumir uma nova posição na mesma empresa e hoje é Business Development Manager da Nestlé Health Science. Destacou a importância de ter foco, mas não desistir perante as adversidades ou os desvios que possam surgir no plano de futuro traçado. Há que saber ajustar e sonhar para que evoluir e progredir seja um propósito na vida. 

 

orador

João Gancho Figueiredo é médico e antigo aluno FMUL. Sentiu-se um orgulho na voz quando o referiu. Atualmente é consultor médico nos CTT e CEO na empresa Xerpa que gere currículos médicos e carreiras médicas.

O percurso que os alunos que estavam na plateia vão fazer, já o médico o fez há precisamente 10 anos. Por isso, achou que havia alguns conselhos que podiam ser uteis. Aproveitar as aulas, a constante descoberta e, mesmo nas matérias que lhes suscitem menos interesse, aprofundá-las para, mais que não seja, perceber que não é por ali o caminho que querem fazer. Estarem conscientes nos 6 anos que os esperam e vivê-los intensamente. Estudar, mas viver também o espírito académico e fomentar amizades, afinal, muitas delas, são para a vida.  Traçar um plano e focarem-se no poder que têm de ir mais além, foram algumas palavras deixadas aos futuros colegas de profissão.