Cinco anos depois da morte de João Lobo Antunes
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“Passado o luto e, cinco anos depois, João Lobo Antunes continua presente nas ações e decisões de tantos que por ele foram influenciados. Todos ambicionamos dar um contributo para tornar o mundo melhor, e João Lobo Antunes fê-lo de uma forma notável”, afirma a Professora Carmo Fonseca num artigo divulgado no jornal Público.

Recordamos, hoje, a morte do Neurocirurgião, João Lobo Antunes. Nome cimeiro da Medicina Portuguesa, Cientista e Ensaísta de renome internacional, nasceu em Lisboa, a 4 de junho de 1944 e faleceu a 27 de outubro de 2016. Licenciou-se em Medicina em 1968, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).

Professor Catedrático de Neurocirurgia da FMUL, foi igualmente Diretor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria e Presidente do Instituto de Medicina Molecular, do qual foi fundador. Dono de uma personalidade marcante, influenciou os destinos de tudo e de todos por onde passou e, ao longo dos anos, foi fonte inspiradora para muitos dos que se cruzaram com ele e que dele guardam as melhores recordações.

A Presidente do Instituto de Medicina Molecular (iMM) menciona no seu artigo de opinião que, “o seu prestígio granjeou o respeito de todos, e ele usou sabiamente essa autoridade para iniciar uma revolução silenciosa na Faculdade de Medicina: a revolução da ciência.”

“Não sei o que nos espera, mas sei o que me preocupa: é que a medicina, empolgada pela ciência, seduzida pela tecnologia e atordoada pela burocracia, apague a sua face humana e ignore a individualidade única de cada pessoa que sofre, pois embora se inventem cada vez mais modos de tratar, não se descobriu ainda a forma de aliviar o sofrimento sem empatia ou compaixão.”
João Lobo Antunes