Centro de Estudos Egas Moniz renova espaço
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- E reabre em data histórica em 22.22

imagens de cerebros

Inaugurado em 1950 o Centro de Estudos Egas Moniz (CEEM) celebra atualmente 72 anos com cara lavada, depois de obras que revitalizaram todo o espaço do piso 6.

Na altura criado pelos Professores Egas Moniz e Pedro Almeida Lima, a visão mais modernizada que traziam de contactos feitos além-fronteiras, permitia criar em Portugal um modelo semelhante para novos estudos. Começado inicialmente num anexo do Hospital Júlio de Matos, o CEEM seria transferido para o Hospital de Santa Maria aquando a abertura do Edifício. Centro de visão moderna, albergava vários laboratórios sempre ligados às neurociências. Neste mesmo espaço viria a aparecer o laboratório de linguagem criado pelo Professor António Damásio e depois Alexandre Castro Caldas.

dois médicos em pé
Fausto Pinto e Isabel Pavão Martins

 

dois homens de fato
José Ferro e Fausto Pinto

 

senhora de fato
Isabel Pavão Martins

 

museu
Centro de Estudos Egas Moniz

 

A cultura de investigação nas neurociências que agora é continuada pela Professora Isabel Pavão Martins, à frente da Neurologia, revela bem que não é um acaso as neurociências clínicas serem as que mais têm publicado artigos científicos, seguidas de imediato pelas neurociências básicas.

O pedido para que se iniciassem as obras do CEEM partiu do anterior Diretor de Neurologia, o já jubilado Professor José Ferro, também ele presente, assim como Alexandre Castro Caldas.

Este é o resultado de “obras que, mais do que conforto, são sobretudo para reorganizar espaços e relançar o CEEM como um centro de investigação da Faculdade para novos talentos e para que os alunos possam ter um espaço para realizarem trabalhos”, explicava a Profª. Isabel Pavão Martins.

Co-afiliados com o Centro estão dois grupos do Instituto de Medicina Molecular (iMM) ligados às neurociências médicas, o grupo dos Professores Joaquim Ferreira e de Mamede de Carvalho. O CEEM promete ainda lançar estudos pós-graduados, assim como outros cursos organizados para breve.

“Esta é a oportunidade de ver o Centro renascer e a criar novos talentos”, reforçava a Professora, fundamentada de seguida pelo próprio Diretor da Faculdade de Medicina, Fausto Pinto, que já em jeito de despedida de mandato reforçou ser esta a “área considerada uma das joias da coroa” da Instituição.

Preservar o museu, mas também a biblioteca e não deixar adormecer o trabalho dos antecessores, foi a mensagem transversal, mensagem de resumo da Profª Isabel Pavão Martins sobre este que “era um projeto que poderia ter morrido pouco tempo depois de o Egas Moniz se ter reformado”.

 Habitual defensor da investigação como é Fausto Pinto, na reservada sala à meia-luz e com apenas uma dezena de presenças, referiu ser “fácil dirigir elementos quando se tem uma equipa com a qualidade como a da Neurologia e a Neurocirurgia”. “Este Centro mostra aquilo que tem sido o exemplo da Escola das neurociências e que levou um dos nossos médicos ao único Nobel Português”, refletiu Fausto Pinto sobre o contributo do Centro para uma Medicina mais moderna. Por fim reforçou que esta é uma Escola que não se ergueu de geração espontânea, tendo em si uma herança a suportar o caminho onde já chegou.

vários médicos

imagens de cerebros

 

medico a falar
Fausto Pinto
homens de fato
Castro Caldas, João Eurico e Isabel Pavão Mastins

 

Nesta simbólica data do dia 22 do ano 22 estiveram presentes os atuais Diretores de Serviço da Neurologia, assim como da Neurocirurgia de Santa Maria, João Sá e José Miguens, respetivamente.

Mas na história do CEEM contam-se outros nomes de mérito que aqui deixaram a sua herança transportada nas paredes renovadas, os Professores António Flores, Pedro Almeida Lima, João Pedro Miller Guerra, João Alfredo Lobo Antunes, Alexandre Castro Caldas e José Manuel Ferro.

 

foto antiga